quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Répteis (classe reptilia)






Os répteis são os primeiros cordados efetivamente adaptados para a vida terrestre em lugares secos. Nasceram há cerca de 350 milhões de anos a partir de alguns anfíbios.

Os dinossauros, por exemplo, que povoaram o planeta durante séculos são formas gigantescas desses animais, hoje nessa classe temos os crocodilos, jacarés, serpentes e tartarugas.

Os répteis são animais de sangue-frio e pele escamosa (tetrápodes e ectotérmicos) que conseguem habitar ambientes bastante inóspitos como os desertos, embora estejam ausentes dos polos gelados. Uma vez que não possuem uma temperatura corporal constante, necessitam de calor externo para regular a sua temperatura. Existem quatro grupos de répteis: tartarugas e cágados que fazem parte dos quelônios ou testudines, cobras e lagartos os escamados, crocodilos e aligátores da ordem crodilia e por fim as tuataras que fazem parte dos Sphenodontida. Um terço dos répteis de todo o mundo encontra-se ameaçado de extinção.

Muitas espécies de répteis, como: tartarugas, cobras, iguanas ou dragões-barbudos, podem ser mantidos como animais de estimação, necessitando de terrários permanentemente aquecidos e outros requisitos próprios das espécies em causa.


Ordem dos répteis

Squamata (escamados): é formada por Lacertílios e Ofídios, répteis dotados de escamas.
- Lacertílios são: os lagartos, lagartixas e camaleões.

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- Ofídios são: serpentes ou cobras.

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Chelonia (testudines): animais que possuem casco.
São animais como tartarugas, cágados e jabutis.
- As tartarugas possuem patas semelhantes a nadadeiras, que ajuda na sua locomoção na água.
Existem duas espécies: as dulcícolas e as marinhas.
- Os cágados vivem na água doce e seus dedos são ligados por membranas, que ajudam na natação.

- Os jabutis são terrestres, com patas robustas e adaptadas para deslocamento em terra firme.

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Crocodilia


Na ordem dos crocodilianos estão os jacarés, os crocodilos e o gaivais. Vivem em ambientes quentes próximos aos rios e lagos, e alimentam-se de animais, ou seja, são carnívoros.

Os crocodilianos têm de 30 a 40 dentes. São revestidos por uma pele grossa, feita de escamas córneas e placas ósseas que caso se gastem, elas se reconstituem. Quando debaixo d’água suas narinas e os orifícios das orelhas são protegidos por uma pele fina.

Eles têm uma mordida extremamente potente. Sua calda achatada e musculosa é feita como arma para ataques. São exímios nadadores, apesar de serem semi-aquáticos.
Há espécies de aves que tem uma relação de simbiose com esses grandes répteis. 

Quando eles estão com a boca aberta as aves aproveitam para comer os restos de alimento que fica entre os dentes do animal, em troca disto, eles ficam com os dentes limpos.


Curiosidades

O couro do jacaré é, infelizmente, utilizado para roupas, acessórios, etc. E os crocodilos, jacarés, entre outros, são considerados pré-históricos por serem um dos mais antigos que temos na Terra e terem convivido com os dinossauros. 


Serpentes peçonhentas e não peçonhentas

Cobras peçonhentas são as cobras que podem, com uma picada, injetar uma toxina no corpo da sua vítima. O efeito do veneno varia de acordo com sua composição, sendo que, cada cobra tem um tipo diferente veneno. Geralmente o veneno fica em uma glândula acima da cabeça. As cobras peçonhentas têm dentes especiais que são ligados a esta glândula. Quando a cobra vai atacar, flexiona seus músculos e o veneno vai para a ponta dos dentes. Quando a cobra morde, o veneno entra em contato com a corrente sanguínea de sua vítima.

Existem várias maneiras de observar se uma cobra é peçonhenta ou não. Como as espécies são muitas, o método mais eficaz e seguro é verificar se a cobra tem um orifício entre a narina e o olho. Esse orifício é chamado de fosseta loreal, e é comum a quase todas as cobras peçonhentas. A única exceção é a cobra coral. A fosseta loreal serve para a serpente sentir a presença do calor de possíveis presas que tenham corpo quente (homeotérmicas), permitindo que elas possam caçar a noite.

No Brasil, há 260 espécies de cobras conhecidas, sendo que 40 delas são peçonhentas. 

Exemplos de cobras peçonhentas são: a jararaca, a surucucu, a cascavel e a cobra coral. Se cada espécie tem veneno diferente, o antídoto é diferente e também os efeitos do veneno.

A seguir algumas espécies de cobras peçonhentas, e suas características:
Jararaca: este grupo é encontrado em todo país, mas é comum principalmente no cerrado. 

Os efeitos do veneno são: inchaço, hemorragia e destruição dos músculos no local da picada.

Surucucu: vivem na mata atlântica e Amazônia. Os efeitos do veneno são semelhantes aos da jararaca.

Cascavel: só não é encontrada nas grandes florestas. Os efeitos do veneno são: visão dupla e paralisia muscular, o que impede os movimentos da vítima.

Coral: o veneno dessa cobra mata por asfixia, pois bloqueia os movimentos do diafragma, órgão que permite a entrada de ar nos pulmões.

O tratamento de uma picada de cobra peçonhenta é feito com soro antiofídico, que é produzido a partir do próprio veneno da cobra. Esse soro tem vários passos para que seja produzido:

·         Extrair o veneno da cobra, pressionando a glândula de veneno.
·         Ressecar o veneno para ele ficar concentrado.
·         Diluí-lo em pouca água e injetá-lo em um cavalo.

Após 40 dias, é retirado sangue do cavalo, a fim de obter o plasma do qual, através de centrifugação, são separados os anticorpos. O processo de retirada do veneno é demorado, porém salva muitas vidas.



São chamadas de cobras não-peçonhentas as cobras que não possuem os chamados dentes inoculadores de veneno, ou seja, ainda que possuam o veneno, não têm a presa necessária para injetar esse veneno em suas vitimas.

As principais características dessas serpentes não peçonhentas são:

·         Cabeça redonda.
·         Cores vivas.
·         Olhos com pupila redonda.
·         Escamas lisas e brilhantes.
·         Não possuem fosseta loreal.

Porém, essas características, apesar de válidas, também podem aparecer em algumas serpentes peçonhentas, o que torna difícil a um leigo a distinção precisa entre serpentes peçonhentas e não-peçonhentas. Um bom exemplo disso é a cobra coral verdadeiro. Essa espécie tem a cabeça redonda, escamas lisas e brilhantes, seus olhos têm pupilas redondas e ela não possui fosseta loreal. Apesar de todas as características de uma serpente não-peçonhenta, a coral verdadeira é peçonhenta e seu veneno pode ser mortal.

Existem também as cobras que não são peçonhentas, mas que apresentam características das peçonhentas, como a jiboia.
As principais serpentes não-peçonhentas são:

Jiboias - são carnívoras, alimentam-se de aves e roedores de pequeno e médio porte e lagartos. Tem hábitos noturnos. Podem atingir 4 m.

Muçuranas – são ofiófagas, ou seja, se alimentam de outras cobras, inclusive as peçonhentas. Mede até 2,40 m.

Sucuris – Alimentam-se de veados, peixes, capivaras, tartarugas, jacarés e até de bezerros. Em raros casos, homens. Atingem no máximo 10 m.

Caninanas - Alimentam-se de pequenos pássaros, pintinhos e camundongos. É agressiva, apesar de não venenosa.

Corais falsas - têm hábitos noturnos e subterrâneos. Alimentam-se de filhotes de pássaros, insetos (especialmente gafanhotos) e de pequenos roedores.

Algumas espécies, como jiboias e sucuris matam suas vitimas por asfixia, ao se enrolar ao redor do corpo da presa. Matam por constrição, e engolem a presa inteira sem mastigação. Todo o processo de digestão acontece no estômago.

Acidentes com cobras não-peçonhentas podem acontecer, porém, uma mordida dessas espécies causaria no máximo uma inflamação local com muito prurido.