Répteis (classe reptilia)
Os répteis são os primeiros cordados efetivamente
adaptados para a vida terrestre em lugares secos. Nasceram há cerca de 350
milhões de anos a partir de alguns anfíbios.
Os dinossauros, por exemplo, que povoaram o planeta
durante séculos são formas gigantescas desses animais, hoje nessa classe temos
os crocodilos, jacarés, serpentes e tartarugas.
Os répteis são animais de sangue-frio e pele escamosa (tetrápodes e ectotérmicos) que
conseguem habitar ambientes bastante inóspitos como os desertos, embora estejam
ausentes dos polos gelados. Uma vez que não possuem uma temperatura corporal
constante, necessitam de calor externo para regular a sua temperatura. Existem
quatro grupos de répteis: tartarugas e cágados que fazem parte dos quelônios ou
testudines, cobras e lagartos os escamados, crocodilos e aligátores da ordem crodilia
e por fim as tuataras que fazem parte dos Sphenodontida. Um terço dos
répteis de todo o mundo encontra-se ameaçado de extinção.
Muitas espécies de répteis, como: tartarugas, cobras,
iguanas ou dragões-barbudos, podem ser mantidos como animais de estimação,
necessitando de terrários permanentemente aquecidos e outros requisitos
próprios das espécies em causa.
Ordem dos répteis
Squamata (escamados): é formada por Lacertílios e Ofídios, répteis
dotados de escamas.
- Lacertílios são: os lagartos, lagartixas e camaleões.
- Ofídios são: serpentes ou cobras.
Chelonia (testudines): animais que possuem casco.
São
animais como tartarugas, cágados e jabutis.
-
As tartarugas possuem patas semelhantes a nadadeiras, que ajuda na sua
locomoção na água.
Existem
duas espécies: as dulcícolas e as marinhas.
-
Os cágados vivem na água doce e seus dedos são ligados por membranas, que
ajudam na natação.
-
Os jabutis são terrestres, com patas robustas e adaptadas para deslocamento em
terra firme.
Crocodilia
Na ordem dos crocodilianos estão os jacarés, os
crocodilos e o gaivais. Vivem em ambientes quentes próximos aos rios e lagos, e
alimentam-se de animais, ou seja, são carnívoros.
Os crocodilianos têm de 30 a 40 dentes. São revestidos
por uma pele grossa, feita de escamas córneas e placas ósseas que caso se
gastem, elas se reconstituem. Quando debaixo d’água suas narinas e os orifícios
das orelhas são protegidos por uma pele fina.
Eles têm uma mordida extremamente potente. Sua calda
achatada e musculosa é feita como arma para ataques. São exímios nadadores,
apesar de serem semi-aquáticos.
Há espécies de aves que tem uma relação de simbiose com
esses grandes répteis.
Quando eles estão com a boca aberta as aves aproveitam
para comer os restos de alimento que fica entre os dentes do animal, em troca
disto, eles ficam com os dentes limpos.
Curiosidades
O couro do jacaré é, infelizmente, utilizado
para roupas, acessórios, etc. E os crocodilos, jacarés, entre outros, são
considerados pré-históricos por serem um dos mais antigos que temos na Terra e
terem convivido com os dinossauros.
Serpentes peçonhentas e não peçonhentas
Cobras peçonhentas são as cobras que
podem, com uma picada, injetar uma toxina no corpo da sua vítima. O efeito do
veneno varia de acordo com sua composição, sendo que, cada cobra tem um tipo
diferente veneno. Geralmente o veneno fica em uma glândula acima da cabeça. As
cobras peçonhentas têm dentes especiais que são ligados a esta glândula. Quando
a cobra vai atacar, flexiona seus músculos e o veneno vai para a ponta dos
dentes. Quando a cobra morde, o veneno entra em contato com a corrente sanguínea
de sua vítima.
Existem
várias maneiras de observar se uma cobra é peçonhenta ou não. Como as espécies
são muitas, o método mais eficaz e seguro é verificar se a cobra tem um
orifício entre a narina e o olho. Esse orifício é chamado de fosseta loreal, e
é comum a quase todas as cobras peçonhentas. A única exceção é a cobra coral. A
fosseta loreal serve para a serpente sentir a presença do calor de possíveis
presas que tenham corpo quente (homeotérmicas), permitindo que elas possam
caçar a noite.
No
Brasil, há 260 espécies de cobras conhecidas, sendo que 40 delas são peçonhentas.
Exemplos de cobras peçonhentas são: a jararaca, a surucucu, a cascavel e a
cobra coral. Se cada espécie tem veneno diferente, o antídoto é diferente e
também os efeitos do veneno.
A
seguir algumas espécies de cobras peçonhentas, e suas características:
Jararaca:
este grupo é encontrado em todo país, mas é comum principalmente no cerrado.
Os efeitos do veneno são: inchaço, hemorragia e destruição dos
músculos no local da picada.
Surucucu:
vivem na mata atlântica e Amazônia. Os efeitos do veneno são
semelhantes aos da jararaca.
Cascavel:
só não é encontrada nas grandes florestas. Os efeitos do veneno são: visão
dupla e paralisia muscular, o que impede os movimentos da vítima.
Coral:
o veneno dessa cobra mata por asfixia, pois bloqueia os movimentos do
diafragma, órgão que permite a entrada de ar nos pulmões.
O
tratamento de uma picada de cobra peçonhenta é feito com soro antiofídico, que
é produzido a partir do próprio veneno da cobra. Esse soro tem vários passos
para que seja produzido:
·
Extrair o veneno da cobra, pressionando a glândula de veneno.
·
Ressecar o veneno para ele ficar concentrado.
·
Diluí-lo em pouca água e injetá-lo em um cavalo.
Após
40 dias, é retirado sangue do cavalo, a fim de obter o plasma do qual, através
de centrifugação, são separados os anticorpos. O processo de retirada do veneno
é demorado, porém salva muitas vidas.
São chamadas de cobras
não-peçonhentas as cobras que não possuem os chamados dentes
inoculadores de veneno, ou seja, ainda que possuam o veneno, não têm a presa
necessária para injetar esse veneno em suas vitimas.
As principais
características dessas serpentes não peçonhentas são:
·
Cabeça redonda.
·
Cores vivas.
·
Olhos com pupila redonda.
·
Escamas lisas e brilhantes.
·
Não possuem fosseta loreal.
Porém, essas
características, apesar de válidas, também podem aparecer em algumas serpentes
peçonhentas, o que torna difícil a um leigo a distinção precisa entre serpentes
peçonhentas e não-peçonhentas. Um bom exemplo disso é a cobra coral verdadeiro.
Essa espécie tem a cabeça redonda, escamas lisas e brilhantes, seus olhos têm
pupilas redondas e ela não possui fosseta loreal. Apesar de todas as
características de uma serpente não-peçonhenta, a coral verdadeira é peçonhenta
e seu veneno pode ser mortal.
Existem
também as cobras que não são peçonhentas, mas que apresentam características
das peçonhentas, como a jiboia.
As
principais serpentes não-peçonhentas são:
Jiboias
- são carnívoras, alimentam-se de aves e roedores de pequeno e médio porte e
lagartos. Tem hábitos noturnos. Podem atingir 4 m.
Muçuranas – são
ofiófagas, ou seja, se alimentam de outras cobras, inclusive as peçonhentas.
Mede até 2,40 m.
Sucuris – Alimentam-se
de veados, peixes, capivaras, tartarugas, jacarés e até de bezerros. Em raros casos, homens. Atingem
no máximo 10 m.
Caninanas - Alimentam-se
de pequenos pássaros, pintinhos e camundongos. É agressiva, apesar de não
venenosa.
Corais falsas - têm
hábitos noturnos e subterrâneos. Alimentam-se de filhotes de pássaros, insetos
(especialmente gafanhotos) e de pequenos roedores.
Algumas
espécies, como jiboias e sucuris matam suas vitimas por asfixia, ao se enrolar
ao redor do corpo da presa. Matam por constrição, e engolem a presa inteira sem
mastigação. Todo o processo de digestão acontece no estômago.
Acidentes
com cobras não-peçonhentas podem acontecer, porém, uma mordida dessas espécies
causaria no máximo uma inflamação local com muito prurido.